O governo do Estado, através de decreto assinado pelo gov. Reinaldo Azambuja, acaba de determinar a proibição, a partir da próxima sexta-feira, de qualquer tipo de festa que provoque aglomeração. A determinação veda eventos em clubes ou salões e shows em espaços abertos ou fechados. A nosso ver, medida mais que acertada, uma vez que a pandemia do Coronavirus continua em fase de contagio, ceifando vidas, como aliás tem acontecido em Fátima do Sul, onde 31 pessoas já alimentaram a relação de óbitos ligados ao mal.
Essa infelicidade – a pandemia e o cancelamento necessário das festas carnavalescas – nos faz lembrar com saudade de tantos carnavais fantásticos, que ao longo dos anos acabaram por se transformar na festa popular não só maior como a mais importante do país, em todos os tempos. Não sou da época longínqua dos maravilhosos bailes de salão, como atestam os antigos, muitos deles idosos ainda em vida. E lembram, também, de cordões e ranchos, que acabaram desaguando na criação das escolas de samba, alma do carnaval contemporâneo.
As marchinhas de Carnaval – segundo o Google – surgiram no século XIX, destacando-se a figura de Chiquinha Gonzaga, bem como sua música “Ô abre alas”. O samba somente aconteceu por volta da década de 1910, passados hoje mais de cem anos. A verdade é que o Carnaval de antigamente ou do não tão antigamente assim era muito mais “saudável” do que o de hoje. A droga que costumeiramente se usava era o lança-perfume, que deixava um pouco de zoeira, mas de forma tão passageira que mal permanecia, passados alguns segundos de euforia.
Infelizmente, as drogas de hoje são extremamente violentas e traficantes tiram proveito da situação para faturar tudo e mais alguma coisa. A juventude é que “paga a conta”, muitos sem ter noção do mal que estão comprando. Por tudo que a gente sabe sobre as festas do Carnaval de hoje, consideramos a medida governamental mais do que correta, evitando mal maior em tempos tão negros e infelizes. Retardar para 2022 o Carnaval deste ano é reservar energia para a “briga com o Corona”.