A campanha de vacinação tem tudo para ser um sucesso e fazer com que as internações e mortes despenquem na virada do semestre, abrindo espaço para forte reabertura econômica. Apesar de começo vacilante, o cronograma de vacinação no Brasil é muito favorável. Os insumos em território nacional (IFA) são mais do que suficientes para, até maio próximo, produzir doses capazes de imunizar todos os brasileiros com mais de 50 anos.
Mesmo com a Pfizer frustrando o cronograma prometido, a Índia zerando exportação por três meses e a Fiocruz com novos atrasos, haverá doses suficientes para vacinar, na passagem de agosto para setembro, todos os brasileiros com mais de 20 anos que buscarem o Programa Nacional de Imunização.
Caso as vacinas sejam eficazes, o setor de serviços às famílias será fortemente beneficiado com a reabertura no segundo semestre do ano de 2021. Os Estados Unidos e o Reino Unido lideram a vacinação, em função de produção local e contratos assinados bem antes dos demais. Já a Europa vem patinando, assim como boa parte do mundo emergente.
Melhor do que parece!
O cronograma foi muito prejudicado e atrasado pela dificuldade de importar insumos (IFA) em janeiro. O Butantan normalizou tanto a importação como a produção e já entregou 28 milhões de doses. Durante este mês de abril, entrega mais 46 milhões, suficiente para vacinar todos os brasileiros com mais de 60 anos: 30,7 milhões, mas “apenas” 25 milhões vão querer se vacinar.
A Fiocruz enfrentou ritmo muito mais lento em função de dificuldades em relação ao IFA. Suas importações foram prejudicadas pela epidemia na Índia. Ainda assim, entre insumos e doses já importadas, terá uma oferta total de 36 milhões de doses até maio.
A Pfizer deve começar a chegar apenas em junho. Seria desnecessário, mas todas ajuda vale em função dos riscos em torno da produção da Fiocruz.
Fonte: Sebrae/XP Asset