Deparei em um destes últimos dias – no Face, se não me engano – com duas frases muito interessantes e criativas: “Tem palavras que chegam como um abraço. E tem abraços que não precisam de palavras”. Nesta época, a bem da verdade, temos que ficar com a primeira, já que a pandemia do Coronavirus impede de todas as formas e maneiras a utilização prática do descrito na segunda.
Resolvemos utilizar essas frases para falar sobre esse mal, que tomou o mundo de assalto e matou sem piedade quem se colocou no seu caminho. As pessoas deixaram de atender os apelos feitos no princípio da pandemia e grande parte delas pagou com a vida. Mas o pior veio depois – e perdura até os dias de hoje -, cumpridos mais de ano da tragédia em que se transformou a praga nascida na China.
Quando se diz que perdura até os dias de hoje, não se está inventando história, porque a maior parte do contágio que se verifica em todos os lugares onde grassa uma terceira onda desse mal acontece nas aglomerações em festinhas e reuniões, com pessoas sem máscaras e em completa e total desobediência à recomendação do distanciamento social.
Corrigido agora o decreto do governo do Estado que fechou por vários dias estabelecimentos comerciais e industriais, é necessário registrar a interpretação equivocada das autoridades, que acabou modificada após manifestações legítimas e ordeiras dos prejudicados. Não sem antes provocar muita dor de cabeça nos envolvidos por consequência.
A pandemia continua ativa e a população mais exposta que nunca, porque – afinal de contas – ninguém vive de brisa. O comércio não é, nem nunca foi, o protagonista nesse desastre. Se um ou outro comerciante não fizer o dever de casa, que é exigir o uso de máscaras, obrigar o distanciamento social e cuidar da ordem no ingresso dos clientes em sua loja, que ele seja punido e não se estenda o castigo a quem não deve. Vamos fazer cumprir os cuidados básicos. E ajudar Deus a nos ajudar.
ROGERIO RUFINO
Presidente