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Pode não ser a solução, mas ajuda

O inverno está chegando. A gente sabe que o inverno, de verdade, começa dia 21 de junho, mas este ano, em função dos efeitos do El Niña, está previsto – mas felizmente não definido – que o clima será muito mais rigoroso do que nos últimos anos e que geadas podem causar prejuízos não reparáveis na lavoura, aumentando mais ainda os preços de alimentos essenciais e agravando o quadro crítico do país, já com cerca de 36% de famintos, segundo o IBGE.

Não nos agrada sinceramente estar abordando assuntos dessa natureza, mesmo porque me considero uma pessoa otimista, que olha pra frente e só aproveita lições sobre situações vividas e que, uma vez seguidas, nos darão prazer e bons resultados no futuro. Porém, faz parte também do nosso dia a dia a abordagem de coisas ruins, que nos impulsiona na busca de soluções.

Sabemos de sobra que teremos sempre que nos curvar à natureza, porém jamais “entregar o ouro” sem luta. Mesmo que não aconteça com o clima o que está anunciado, está na hora de pesquisar se está ocorrendo algo  de ruim por aqui e adotarmos iniciativas que possam amenizar a gravidade de algum problema efetivamente sério: Conectar autoridades competentes, colocar o caráter social das entidades em alerta de cooperação – ACIFAS no meio – e enfrentar corajosamente os desafios.

Se temos que promover movimentos para agasalhar quem não tem como; alimentar quem está passando fome; incentivar a reação de quem está de cabeça baixa; cobrar igrejas, clubes de serviço e outras entidades a realizarem esforço maior no atendimento social; e finalmente insistir em uma participação mais que efetiva dos Poderes do município no socorro a necessitados,  vamos colocar mãos à obra e sair por aí gritando,se preciso,para que nos ouçam.

Tomara que não haja necessidade de tudo isso, que o clima seja favorável, que a economia do país responda positivamente a algumas medidas que estão sendo adotadas em Brasília e que podem produzir reflexos favoráveis em todas as regiões do país – incluindo a nossa. Mas precisamos de mais emprego e renda. O que acaba com a fome e supera as necessidades essenciais é o trabalho. E nossa gente precisa de oportunidades para mostrar sua força. Com a ajuda do Criador e de todos nós.

ROGERIO RUFINO

Presidente