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A nossa triste falta de memória

Outro dia, comentava com amigos a triste situação que nós brasileiros vivemos hoje, apesar dos esforços e avanços do novo governo da República. E lembrava o que li em certa oportunidade: “Quando somos jovens, não temos muito para lembrar; quando envelhecemos, não conseguimos lembrar de quase nada”. Esse mal atinge certamente um grande número de pessoas. Mas há fatos que você não consegue eliminar como, por exemplo, a verdade cristalina de que, apesar de uma enorme diferença comportamental em relação a países do chamado primeiro mundo, chega-se a uma conclusão lógica e inquestionável: Nada na Terra é melhor ou mais bonito do que este país chamado Brasil, infelizmente tão maltratado por seus governantes.

Nada específico, nem nominativo. Apenas a tristeza que ataca a gente quando se levanta a certeza de que seríamos realmente o paraíso do planeta não fossem tantos os desmandos e ações nefastas de que somos vítimas diuturnamente. O maior problema que se enfrenta por aqui ainda é a falta de uma educação mais aprimorada, que ofereça ao cidadão o conhecimento necessário para escolher bem os seus representantes, acompanhar passo a passo o seu trabalho e cobrar de forma permanente a retidão de suas ações.

Infelizmente, a ausência da consciência plena de seus direitos, somada principalmente às suas necessidades básicas, acaba por criar para o cidadão uma insuportável situação de dependência, levando-o a imaginar que, adotando a “lei de Gerson” (a de levar vantagem em tudo), vai resolver o seu problema… e que se dane a sobra. Santa ingenuidade!  O que temos de fazer é trabalhar no sentido de corrigir as anomalias, buscando através do voto – e de atitudes dignas – extirpar de vez o malfadado câncer que se instalou no organismo político da nação. Antes do último suspiro. 

ROGERIO RUFINO

Presidente