A questão da reforma tributária no Brasil sempre volta ao debate. Hoje, segundo o que a mídia informa, Brasília se movimenta para cuidar do assunto (sic). De novo. Todos concordam que o país não suporta mais tanto imposto. Mas no ajuste fiscal que o governo apregoa, o que se objetiva é atacar o que se tornou negativo para a administração financeira do país, porém sem qualquer foco que leve o empresário e/ou o cidadão a ter esperança de que, dentro em pouco, poderá estar pagando menos pra sobreviver.
Considerado o ponto de partida do debate econômico brasileiro, discute-se nas altas esferas soluções para os problemas que ferem o planejamento estratégico do Governo, porém sem a mínima referência a uma necessária e legitima reforma tributária. O empresariado continua vítima do processo imposto pelo sistema arrecadador, um total de escandalosos tributos federais, estaduais e municipais. A maior fatia desse bolo recai sobre as indústrias, o comércio e a agropecuária, que têm de arcar de forma permanente com impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária.
Ano a ano, o governo federal festeja aumento na arrecadação. E a reforma tributária -levando-se em conta, até como exemplo, o prejuízo causado pela alta taxa de juros de hoje – continua na prateleira, apesar das promessas e esboços, formando dois gargalos mais que inconvenientes e maléficos para o desenvolvimento do país. O que precisamos é cobrar forte os responsáveis, para que promovama simplificação do processo tributário, além do seu imprescindível emagrecimento. A hora é esta, segundo parece.
ROGERIO RUFINO
Presidente